quinta-feira, 8 de março de 2012

Zona Histórica de Olhão entregue a embusteiros

Não foi ao Presidente da Câmara mas foi o seu vice, António Pina a quem coube fazer as honras da casa no Seminário de Regeneração Urbana e pelo que disse mostrou não saber nada do assunto, e se se vier a concretizar a sua indicação para candidato e for eleito no próximo ano para a presidência da edilidade então não vai haver Zona Histórica em Olhão que sobreviva.
O que ele sabe é que “há muitos estrangeiros que andam a comprar casas para recuperar e habitar no Levante porque são maiores do que as da Barreta o que demostra como a estratégia da Câmara está correcta”, isto dito assim sem tirar nem por, numa linguagem infantil que traduz bem a concepção que estes edis em exercício têm para a regeneração da zona edificada característica de Olhão e da sua memória coletiva de urbe sui generis numa visão mais própria de um mestre pintor besunta do que de responsáveis pelo planeamento urbano e conservação do património.
Este Programa de Valorização não é novo, foi aprovado e assinado com as Parcerias em 2008 em resposta ao convite feito pela APOS em 2007 para a Câmara liderar o Projecto de Reabilitação do Bairro Histórico da Barreta e como bandeira eleitoral para as eleições de 2009 com aproveitamento demagógico em que os responsáveis pelo abandono e crescente degradação da baixa olhanense se apresentaram ao eleitorado como os grandes campeões da defesa do património.

A Câmara, isto é Francisco Leal retribuiu não convidando a APOS para parceiro e preferiu associar-se a umas empresas de construção civil para a elaboração da “estratégia” da conceção da regeneração urbana da cidade.

E a estória volta a repetir-se
Escusado será dizer-se que então o eleitorado entregou a chave do galinheiro à raposa, Francisco Leal foi reeleito para mais quatro anos, nos quais tudo o prometido ficou em banho-maria, até que agora novamente a um ano eleições autárquicas e perante o aprofundamento da degradação decide repetir a mesma receita, reerguer a bandeira da preocupação com o estado e futuro do património material e cultural identitário de Olhão.
Não podendo por imperativo legal voltar a candidatar-se, empurra para a frente o seu putativo sucessor, o delfim António Pina, para a ambicionada visibilidade em porta-estandarte de causas em que alia a ignorância com a imbecilidade.  
Este Seminário apresentado como de divulgação é um simulacro de participação pública no processo, o público é para votar (neles), não é para participar na formulação da decisão no entendimento destes democacas acoitados na edilidade.
Ainda não há quatro meses, Francisco Leal respondia com desplante ao Tribunal Administrativo de Loulé à intimação para facultar o acesso ao SO! para consulta ao Processo do Plano de Pormenor da Zona Histórica “que não havia nada a consultar, porque não havia processo”, a informação que sai para fora do grupo da comandita camarária é só aquela que lhes pode servir para justificar a despesa do que não fazem pela inércia.


Para quem não foi ao Seminário, a Câmara prometeu hoje a divulgação no site institucional as intervenções dos oradores. 

segunda-feira, 5 de março de 2012

Câmara de Olhão faz manobra de diversão

Já estou inscrito para o Seminário e vou estar presente.
Tenho uma curiosidade dos diabos para saber o que é que Francisco Leal vai inventar com esta porque para o que quer esconder já estou desconfiado.
Do programa  faz parte a apresentação de:
PLANO DE PORMENOR DA ZONA HISTÓRICA DE OLHÃO
PROJETO DE INTERVENÇÃO NOS LARGOS
PROJETO DE INTERVENÇÃO NOS MERCADOS


Para participar requer inscrição prévia