terça-feira, 15 de outubro de 2013

1º teste prático a António Pina na Câmara de Olhão


Depois de dadas e tomadas as posses dos novos titulares da Câmara e Assembleia Municipal e afastado que está o principal responsável pelo descalabro em que se encontra Olhão e a sua Câmara há que por as mãos no trabalho.
Aos edis, cumprirem com as suas obrigações decorrentes das funções e aos munícipes com os seus direitos exigirem uma nova política para a condução da prática camarária na satisfação dos interesses comunitários.
Na Câmara, António Pina tem já marcada uma reunião para receber os representantes dos pais dos alunos da Escola nº5, indignados pelas condições em que se encontram os seus filhos, instalações degradadas, sem higiene, sem pessoal auxiliar compatível com o número de alunos e agora com uma sobrecarga de horários que desdobrados está ocupada desde as 7h50 às 18h35 com crianças do 1º ciclo.
Problema antigo, ficará mais uma vez sem resolução?

Vai ser um teste à nova governação.

domingo, 13 de outubro de 2013

o fim do Leal cacicato em Olhão

Realiza-se amanhã uma cerimónia ritual da democracia em que vivemos, a tomada de posse dos eleitos para os dois principais órgão do poder local em Olhão, a Câmara e a Assembleia Municipal.
Costuma ser uma estopada para quem por acidente se atreva a assistir, uma repetição de quatro em quatro anos de troca de lugares ou manutenção nos mesmos dos mesmos da mesma família política, daí que só os envolvidos costumem aparecer.
Desta vez a coisa é diferente, temos uma renovação de quase 90% dos eleitos, temos nos dois órgãos uma maioria de eleitos por formações partidárias (PSD/CDU/BE + NR) que se apresentaram ao eleitorado claramente contra o já “regime” do PS, ou melhor de uma família política e de interesses que tem girado nos últimos anos à volta de duas personagens, Francisco Leal e António Pina acobertadas no PS.
São os responsáveis maiores pelo estado de submundo em que Olhão está transformado, o concelho com das mais altas taxas de desemprego, de necessitados de apoios sociais, de maior endividamento autárquico, de baixa qualidade de vida, de qualidade dos serviços camarários.
Um concelho vendido, nas suas mais valiosas áreas de ordenamento, a interesses do imobiliário especulativo.
Amanhã, António Pina vai ainda tomar posse como Presidente da Câmara mas tudo indica que não virá a ter poderes ilimitados porque vai ter uma maioria de vereadores na oposição (PSD/CDU/BE) que lhe vão exigir prestação de contas e só autorizar e aprovar as que comummente acordarem como de interesse para a comunidade.
Francisco Leal, vai tomar posse como deputado municipal, ainda vai dirigir a seguir à tomada de posse ao início dos trabalhos da 1ª Reunião da Assembleia Municipal, mas concluída a eleição para a sua Mesa, acaba o seu “reinado”, o lugar com que estava a sonhar não vai ser seu, vai ser para a oposição, mesmo que para um opositor sem merecimento do lugar.
Com o afastamento destes personagens ficam criadas as condições para que Olhão se encontre consigo próprio, de gentes de trabalho, trabalho há que exigir aos novos autarcas que também merecem um benefício de dúvida.

Esta cerimónia, amanhã, deve merecer a presença dos olhanenses.
Assistir ao compromisso formal que os eleitos assumem as promessas da campanha eleitoral e nós cidadãos munícipes, vamos ser as testemunhas que lhes iremos exigir o seu cumprimento.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Olhão: os resultados eleitorais


Os números valem por si para determinar o maior e o menor, o mais e o menos, para o melhor ou pior, o bom ou mau já é uma escolha pessoal de cada um de nós.
Certo é que o eleito presidente da Câmara de Olhão, António Pina foi eleito com menos 2642 votos que o seu antecessor Francisco Leal, 32,60% do eleitorado votante contra os 45,85 do predecessor.
O aumento da abstenção de quase 7% não justifica este número de votos a menos, tanto mais os eleitores aumentaram em 2 046.

A. Pina perdeu os votos por não merecer confiança e por castigo à administração de F. Leal com a qual se identificou.
dados referentes à CM
2013
2009
Partido
Eleitos  
Votos
%
Partido
Eleitos
Votos
%
PS
(António Pina)
3
5102
32,60
PS
(Francisco Leal)
4
7744
45,85
PSD
2
4115
26,29
PSD+CDS+
2
4918
29,12
CDU
1
1869
11,94
CDU
0
1572
9,31
BE
1
1471
9,40
BE
1
1666
9,86
NR
0
946
6,04
XX
XX
XX
XX
CDS
0
492
6,04
XX 
XX
XX
XX
PCTP/MRPP
0
364
2,33
PCTP/MRPP
0
308
1,82


Não se pode dizer que a oposição no seu conjunto também tenha sido castigada de igual modo pela abstenção, tanto mais que no total teve mais 783 votos que em 2009.
Torna-se evidente que o sentido do voto de eleitorado olhanense foi para um vermelho a António Pina/Leal/PS e na aposta se bem que ténue nas forças opositoras onde os comunistas da CDU/PCP e PCTP/MRPP se destacaram no aumento da votação.
A oposição maioritária no conjunto da vereação receberam o voto pelos seus programas e pelas pessoas que apresentaram como garante, certamente que não vão ludibriar os eleitores aliando-se a António Pina nem mesmo que seja em nome da governabilidade, porque a Câmara é perfeitamente governável com a oposição em acordo para o efeito desde o primeiro momento.
A auditoria externa independente, o controle e pré aprovação de todas as despesas mesmo que orçamentadas pela vereação e a preparação do orçamento para 2014 são pontos a que os vereadores Eduardo Cruz, Luis Viegas, Sebastião Coelho e Ivo Madeira, podem defender em comum.

Os olhanenses esperam.