segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Auditório de Olhão, 50.000 € para vaidades

Toda a gente sabe, até a Câmara reconhece que está sem cheta, sem crédito e sem receitas e não é tão cedo que a situação se inverterá.O Auditório Municipal de Olhão tem sido, em dois anos de vida um sorvedoiro de dinheiros públicos para dar vazão à satisfação megalómana do presidente da Câmara com a contratação a custos milionários de alguns artistas de incerto valor cultural, outros, poucos, nem tanto a par de um sem número de funcionários cujo trabalho nunca deu para fazer suor.
Nunca até agora os grupos e artistas locais foram tidos nem chamados para apresentar os seus trabalhos e artes. Porque considerados sem valor suficiente.
Agora com a teta seca a programação do Auditório seria de toda a lógica que para 2012 fosse contida nos custos, mas não é isso que se passa apesar de ser essa a ideia que querem fazer passar.
Foi há dias em conferência de imprensa com beberete, doces e salgados mais jantar no resort Vila Monte, pago pelos do costume onde o vereador vice-presidente, António Pina deu a conhecer o que está programado para o Auditório e concelho em matéria de cultura “Este ano, a autarquia olhanense vai investir 50 mil euros nos eventos a promover no Auditório Municipal – três por mês”. Um montante que é, recordou António Pina, «um terço do que investimos no primeiro ano de funcionamento do Auditório, em 2010. Mas já em 2011 tínhamos feito uma redução de 40% em relação ao ano anterior” , o que diz é que este ano o custo com a programação, investimento chama ele, é superior à de 2011 em cerca 15%.

O que não deixa de ser intrigante é que em todos os eventos, segundo A. Pina, serão pagos das receitas da bilheteira, assim Rão Kyao, o pianista António Rosado, José Cid, Teatro O Bando, ACTA, Miguel Guilherme e Bruno Nogueira, Aurea, José Cid, Orquestra do Algarve, Miguel Gameiro, entre muitos outros mais os locais de «A Gorda» recebem pelo seu trabalho o que for apurado na venda de bilhetes, pelo que se pode concluir que os 50.000 € são para despesas de funcionamento do Auditório.

E viva a contenção.

E porque as eleições são para o ano convém já serem preparadas, António Pina aproveita -se ao dar a oportunidade para os criadores artísticos locais acederem ao Auditório, silencia vozes críticas e angaria apoios eleitorais para a presidência camarária.  

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