terça-feira, 10 de julho de 2012

Temos um governo de ladrões ao serviço de ladrões.

Transcrevo na íntegra o artigo de opinião que Paulo Morais publicou hoje no Correio da Manhã.
Vale a pena ser lido, uma visão esclarecida duma parte da realidade que se passa na política em Portugal.

O maior antro deste tráfico de influências é a Assembleia da República. Desde a comissão parlamentar de acompanhamento ao programa de assistência financeira, onde os interesses da EDP estão representados através dos deputados Pedro Pinto e Adolfo Mesquita Nunes, até à comissão de agricultura, onde o parlamentar Manuel Isaac fiscaliza a actividade do Ministério que tutela o sector da empresa a que está ligado. São dezenas os deputados que, de forma aparente, potencial ou real, estão em situação de conflito de interesses.
Mas a promiscuidade não se esgota aqui. Contamina até o Banco de Portugal, em cujos órgãos sociais têm assento representantes da banca privada como António de Sousa, que assim se pronunciam e condicionam a actividade do Banco Central, que supervisiona as entidades para que trabalham.
Só neste caldo de cultura poderiam nascer negócios ruinosos como as parcerias público-privadas rodoviárias, com lucros garantidos aos privados e riscos a correr por conta do estado. O que talvez se perceba se atentarmos que os principais administradores das concessionárias das PPP são os ex-ministros das obras públicas dos governos que as conceberam e implementaram. Como Ferreira do Amaral gizou o negócio da Ponte Vasco da Gama e preside hoje à entidade concessionária, a Lusoponte; ou Jorge Coelho e Valente de Oliveira que são administradores da Mota Engil, a empresa dominante no sector das parcerias.
O poder dos negócios sobre o interesse público é tal que um grupo privado, o Mello, consegue dispor de crédito de quinhentos milhões dum banco público, a Caixa, para uma operação de aquisição de uma empresa privada, a Brisa; para que mais tarde esta se possa eventualmente candidatar à privatização de uma empresa pública, a ANA. Aterrador! Os administradores da Caixa, nomeados politicamente, já não são só promíscuos, parecem mercenários.
Os interesses privados capturaram os agentes políticos e alimentam-se da enorme manjedoura que é o orçamento de estado. Como diria Bordalo Pinheiro, "a política é uma porca em que todos querem mamar". E neste regime, os mamões estão insaciáveis.

domingo, 8 de julho de 2012

Passos Coelho não assume o já inevitável

Dizia Passos Coelho, reagindo à decisão do Tribunal Constitucional da inconstitucionalidade da suspensão dos subsídios que a inconstitucionalidade da suspensão dos subsídios não "desculpa" o incumprimento das metas do défice, mesmo que a realidade exija um "redobrar" de esforços, e avisa que diminuir mais a despesa pública implica cortes na saúde e educação.
Não assume que os vai fazer, mais uma machadada no Serviço N. de Saúde e na educação.
Não falou da retirada do 12º e 13ºmês aos trabalhadores do privado, mas também está na calha e lá acabava o fundamento de desigualdade invocado pelo T. Constitucional.
As rendas apagas às Parcerias Público Privadas (PPP) é que não podem ser mexidas.
A rapinagem dos donos do governo não pode ser posta em causa.
Claro que isto vai ter um fim.

sábado, 7 de julho de 2012

Governo continua a agravar as condições de vida e a contestação a aumentar

Depois do susto que Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia, apanhou no passado dia 29 de Junho é um nunca mais parar de manifestações de contestação aos governantes, com o primeiro Passos Coelho em alvo principal mas nem os secretários de Estado escapam.
Qualquer dia deixam de poder de sair à rua, até ao dia que vão para a rua.


7 de Julho
A cerimónia de abertura dos VIII Jogos Desportivos CPLP ficou marcada por uma monumental vaia ao Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.

6 de Julho
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foi hoje recebido com apupos e assobios por mais de uma centena de manifestantes, junto a uma empresa vidreira da Figueira da Foz, mas não falou com os participantes no protesto.

6 de Julho
O Secretário de Estado do Emprego, Pedro Silva Martins, foi apupado e vaiado por sindicalistas e representantes da Comissão de Utentes da Via do Infante (A22) à chegada à Biblioteca Municipal de Vila Real de Santo António, esta sexta-feira.

4 de Julho
Dezenas de pessoas concentraram-se nesta quarta-feira em frente à Bosch, em Braga, para vaiar o primeiro-ministro, mas a comitiva governamental acabou por não se cruzar com os manifestantes, conseguindo escapar, ao entrar por outra porta. Na reitoria da Universidade do Minho, Pedro Passos Coelho também foi recebido com protestos.

domingo, 1 de julho de 2012

Assim vai a república


Enquanto tentava falar com os manifestantes, o governante continuou a ser insultado e vaiado e foi necessária a intervenção do presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, para que o ministro conseguisse entrar no seu automóvel.

Ler mais:

http://expresso.sapo.pt/ministro-da-economia-insultado-e-travado-na-covilha=f736366#ixzz1zBRpFv5v

Este episódio passado com o Álvaro da Economia na Covilhã é mais um dos que começam a ser constantes em que governantes são apupados, vaiados e reclamado o seu abandono do local sempre que são encontrados por populares, o próprio 1º ministro em várias as situações teve que retirar-se aceleradamente e o PR a alterar à última hora a presença em compromissos públicos.

Com o Álvaro Pereira desta ainda não houve violência dos manifestantes contestatários, mas nada está garantido que num dia breve não degenere em confrontos já previstos pelas seguranças já reforçadas que rodeiam estes governantes vendidos.

A degradação acelerada das condições de vida, onde as económicas estão à cabeça com aumento diário do exército de desempregados, com … a fome real já instalada e o seu espectro a alargar-se a cada vez mais sectores da população e não será de estranhar que em desespero se manifestem com dureza.

Também é cada vez maior o reconhecimento que este governo não presta.

Um governo saqueador, de serventuários ao serviço de ladrões.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Bankster vs a banca em Portugal

Vou deixar a despesa com a escrita neste post para Paulo Morais, é o artigo de opinião publicado hoje no Correio da Manhã.

Os bancos portugueses estão sem dinheiro e perderam a credibilidade. Limitam-se agora a sugar os recursos duma economia que deviam apoiar mas apenas parasitam.
Estão hoje, na generalidade, descapitalizados. A abarrotar com créditos incobráveis, os bancos escondem ainda uma bolha imobiliária gigantesca, resultante de empréstimos mal concedidos e até arbitrários.
Depois de anos de má gestão e escândalos, os bancos estão agora de mão estendida. Mais uma vez, o estado português virá em seu auxílio, desviando recursos da economia real. Dos 78 mil milhões recebidos da troika, cerca de quinze por cento destinam-se a apoiar a banca. E adivinha-se que nem sequer será pela via de empréstimos, pois os bancos não quererão devolver o dinheiro. Será em alguns casos sob a forma de aumento de capital, mas sem que o estado sequer intervenha na gestão. O estado paga, mas não manda.
Estas situações de favorecimento ao sector financeiro só são possíveis porque os banqueiros dominam a vida política em Portugal. É da banca privada que saem muitos dos destacados políticos, ministros e deputados. E é também nos bancos que se asilam muitos ex--políticos.
Alguns, mais promíscuos, mantêm ligações ao sector financeiro em simultâneo com o desempenho de funções públicas. Há situações que assumem mesmo foro de indecência, como a de Vera Jardim, que acumulava a presidência da comissão parlamentar de combate à corrupção com a superintendência do Banco Bilbao Viscaya; ou a do deputado Frasquilho, que integra o grupo encarregado de fiscalizar o plano de assistência financeira e trabalha no BES, potencial beneficiário desse mesmo programa. Até na supervisão, o insuspeito Banco de Portugal acolhe nos seus órgãos sociais celebridades ligadas à banca privada, como António de Sousa ou Almerindo Marques. Incumbidos de se pronunciarem sobre a actividade do banco central, controlam a entidade que supervisiona o sector ondetrabalham.
Com estas artimanhas, os banqueiros dominam a vida política, garantem cumplicidade de governos, neutralizam a regulação. Têm o caminho livre para sugar os parcos recursos que restam. Já não são banqueiros, parecem gangsters, ou seja, banksters.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/bankster

domingo, 6 de maio de 2012

na Administração Local a "cunha" há muito que é instituição e em Olhão está de pedra e cal

"Cunha" institucionalizada entre governantes, refere relatório

Jornal de Notícias
A 'cunha' e a troca de favores está "institucionalizada" entre "colegas do mesmo Governo", conclui o relatório do Sistema Nacional de Integridade que será apresentado na segunda-feira. Mesmo quando interpelado sobre as nomeações, "o Governo não costuma . . .

Antecipando a apresentação do Relatório alguma imprensa começou a dar a conhecer algumas conclusões que não sendo novidade são mais uma vez a confirmação da falta de vontade política  dos partidos do arco do poder em dar um sério golpe na falta de transparência e corrupção que grassa no estado e na generalidade das instituições.
Na Câmara de Olhão a percepção colectiva dos munícipes é que a "cunha" é o 1º e principal critério desde os concursos de admissão de pessoal, nas contratações por ajuste directo e mesmo por concurso público para aquisições de serviços e obras camarárias aos licenciamentos e à rapidez dos despachos em que o munícipe é interessado e necessitado.
Um Relatório sobre a mesma situação em Olhão, de certeza que não deixaria de confirmar aquilo que também o olhanenses desconfiam dos seus autarcas.

terça-feira, 10 de abril de 2012

ambiOlhão aumenta factura

A Câmara de Olhão colocou em apreciação pública três projetos  de regulamento de serviços da AmbiOlhão, o abastecimento público de água, o de gestão de resíduos urbanos, higiene e limpeza de espaços públicos e o de saneamento de águas que está a decorrer num desconhecimento generalizado dos munícipes, a que não é alheio a divulgação do seu aviso-anuncio restrito ao campeão de leitores na imprensa, a 2ª Série do Diário da República, a afixação nuns esconsos “lugares de costume” e no site da Câmara sem destaque e localizado numa página de difícil descoberta.
Nem mais um só gesto de divulgação que é para que não apareça alguém a fazer propostas de alterações para um regulamento de fornecimento de água em que o consumidor é visto como um potencial larápio de contadores e especialista em ligações diretas mas mesmo que seja um cumpridor zeloso se reclamar dos serviços à Ambiolhão esta não tem prazos para responder, se reclamar para a tutela, no Livro de Reclamações, vai ter resposta do presidente da Câmara, o mesmo da Empresa, só quando e como lhe apetecer e fica tudo em casa.

As taxas do lixo e do saneamento continuam fixadas em função do consumo da água, critério que tem vido a ser posto em causa por criar situações de injustiça em particular com o lixo, porque consumir muita  água não é sinónimo de produção de muito lixo.
Há mais a introdução de uma nova taxa, a de recursos hídricos, também indexada ao volume de água consumida, é mais um aumento da factura de outros que vem aí a caminho, atente-se às palavras recentes da ministra Assunção Cristas.
Para a facturação com base em valores estimados de consumo quando não é feita a leitura efectiva o regulamento vem agora estipular que devem ser tido a média entre as duas últimas leituras reais efectuadas, aliás o que a entidade reguladora do sector há muito preconiza. Neste matéria a Ambiolhão e anteriormente a Câmara, usavam  e abusavam de critérios especulativos para estimar valores que pelos montantes que atingiam acontecia frequentemente estarem os consumidores a financiar com crédito forçado estas entidades.
 
Seja como for a AmbiOlhão ficará obrigada por estes Regulamentos a tê-los acessíveis aos munícipes  no seu site http://www.ambiolhao.pt/site/ para sua consulta, assim como aos tarifários, comunicação de leituras, . .. etc.  e reclamar de sua justiça não se devendo eximir nesta altura de consulta pública a apresentar as suas propostas.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Zona Histórica de Olhão entregue a embusteiros

Não foi ao Presidente da Câmara mas foi o seu vice, António Pina a quem coube fazer as honras da casa no Seminário de Regeneração Urbana e pelo que disse mostrou não saber nada do assunto, e se se vier a concretizar a sua indicação para candidato e for eleito no próximo ano para a presidência da edilidade então não vai haver Zona Histórica em Olhão que sobreviva.
O que ele sabe é que “há muitos estrangeiros que andam a comprar casas para recuperar e habitar no Levante porque são maiores do que as da Barreta o que demostra como a estratégia da Câmara está correcta”, isto dito assim sem tirar nem por, numa linguagem infantil que traduz bem a concepção que estes edis em exercício têm para a regeneração da zona edificada característica de Olhão e da sua memória coletiva de urbe sui generis numa visão mais própria de um mestre pintor besunta do que de responsáveis pelo planeamento urbano e conservação do património.
Este Programa de Valorização não é novo, foi aprovado e assinado com as Parcerias em 2008 em resposta ao convite feito pela APOS em 2007 para a Câmara liderar o Projecto de Reabilitação do Bairro Histórico da Barreta e como bandeira eleitoral para as eleições de 2009 com aproveitamento demagógico em que os responsáveis pelo abandono e crescente degradação da baixa olhanense se apresentaram ao eleitorado como os grandes campeões da defesa do património.

A Câmara, isto é Francisco Leal retribuiu não convidando a APOS para parceiro e preferiu associar-se a umas empresas de construção civil para a elaboração da “estratégia” da conceção da regeneração urbana da cidade.

E a estória volta a repetir-se
Escusado será dizer-se que então o eleitorado entregou a chave do galinheiro à raposa, Francisco Leal foi reeleito para mais quatro anos, nos quais tudo o prometido ficou em banho-maria, até que agora novamente a um ano eleições autárquicas e perante o aprofundamento da degradação decide repetir a mesma receita, reerguer a bandeira da preocupação com o estado e futuro do património material e cultural identitário de Olhão.
Não podendo por imperativo legal voltar a candidatar-se, empurra para a frente o seu putativo sucessor, o delfim António Pina, para a ambicionada visibilidade em porta-estandarte de causas em que alia a ignorância com a imbecilidade.  
Este Seminário apresentado como de divulgação é um simulacro de participação pública no processo, o público é para votar (neles), não é para participar na formulação da decisão no entendimento destes democacas acoitados na edilidade.
Ainda não há quatro meses, Francisco Leal respondia com desplante ao Tribunal Administrativo de Loulé à intimação para facultar o acesso ao SO! para consulta ao Processo do Plano de Pormenor da Zona Histórica “que não havia nada a consultar, porque não havia processo”, a informação que sai para fora do grupo da comandita camarária é só aquela que lhes pode servir para justificar a despesa do que não fazem pela inércia.


Para quem não foi ao Seminário, a Câmara prometeu hoje a divulgação no site institucional as intervenções dos oradores. 

segunda-feira, 5 de março de 2012

Câmara de Olhão faz manobra de diversão

Já estou inscrito para o Seminário e vou estar presente.
Tenho uma curiosidade dos diabos para saber o que é que Francisco Leal vai inventar com esta porque para o que quer esconder já estou desconfiado.
Do programa  faz parte a apresentação de:
PLANO DE PORMENOR DA ZONA HISTÓRICA DE OLHÃO
PROJETO DE INTERVENÇÃO NOS LARGOS
PROJETO DE INTERVENÇÃO NOS MERCADOS


Para participar requer inscrição prévia

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

José Afonso

Foi já, há 25 anos que faleceu Zeca Afonso, marcou na música uma época de resistência e combate ao fascismo com as suas canções.
Lembro-me dele em Olhão no "Os Olhanenses" em 1970 em actuações "semi-clandestinas"/"semi-públicas" para as quais estava sempre disponível aos convites da então Secção Cultural.

reveja algumas canções aqui no